LIZ

NOSSA CASA

SOBRE NÓS

LIZ

Esta história podia se chamar a "História do SS" - Saudade e Satisfação. Saudade do tempo que se foi e dos amigos que partiram. Satisfação pelo trabalho sério e honesto praticado nesta casa, que nos trouxe sempre muito orgulho de à ela pertencermos.

A CASA DE IRMÃ ZARABATANA

D. Jacylina, pertencente a uma família tradicional e rígida, morava aqui neste lugar, numa casa antiga, com o marido, a mãe e os irmãos. Moça ainda, tinha ciúmes do marido, Alfredo Esteves, e ao vê-lo sair uma noite sem dizer aonde ia, resolveu segui-lo. Qual não foi a sua surpresa quando o viu entrando num Centro Espírita! Ela resolveu entrar também, e, nesta mesma noite, sem saber nada sobre a sua mediunidade, recebeu Corumbá pela primeira vez. Era a década de 1930.

A partir daí, ela e o marido começaram a realizar sessões espíritas em casa, só freqüentadas pela família e pelos amigos.

Em agosto de 1942, Corumbá avisou que no dia 4 de setembro se apresentaria uma Irmã que deveria ser a Mentora da Casa. Surgiu então, a Irmã Zarabatana e pediu para que eles fizessem uma casa própria para a divulgação da doutrina, ao mesmo tempo que, serviria também para um lar de recolhimento de meninas órfãs.

Menos de dois anos depois, em 4 de junho de 1944, foi fundado o Centro Espírita Lar Irmã Zarabatana, com o Auditório Corumbá no fundo da casa, hoje fazendo 60 anos.

Amigos e parentes começaram a freqüentar a Casa por dez anos e, em 1954, começou a obra de edificação do prédio, que foi realizada com a colaboração de campanhas, livro de ouro e até a rifa de um carro.

Só que a obra não foi bem entregue; Houve erros - falta de honestidade - e, por conseqüência, nunca chegou a ser concluída, dificultando e impossibilitando até agora a criação do Asilo de Meninas, como era o desejo de Irmã Zarabatana.

Daqueles anos passados, guardamos doces recordações de pessoas que ajudaram nos trabalhos da Casa, umas falecidas e outras bem vivas entre nós, como é o caso do - Antônio do bar - ele participou da obra do prédio e até hoje zela pela Casa e nos serve com dedicação - há 50 anos!

Lembramos de alguns presidentes, como: Sr. João, Dr. Amaury e do Sr. Jethro, que ficou por muitos anos dirigindo os trabalhos da Casa com seus protetores Silva Acioly e Alfredo de Gusmão, e deixou muitas saudades para todos nós que convivemos com ele. Lembramos também, de grandes médiuns da Casa, como: a Jurema, com seu protetor Aerópago; Maria Anjos, com Sete Falanges; Florisbela, com Jorge Guerreiro; Manoel Felício, com Tupinambá; Sr. Loureiro, com Vovô Gabriel; Maria Rita, com Caboclo da Mata; Helena Marques Braga, com Padre Sebastião e Pai Tomé; Inez Varella, que faleceu, mas deixou seus livros editados. E muitos outros que colaboraram com amor e dedicação para o bom funcionamento do Lar Irmã Zarabatana.

Dos colaboradores preciosos que tivemos e dos quais também lembramos com carinho como: a Beatriz Malvacini, que fundou o primeiro bazar de ajuda ao Centro e fez contatos com artistas de teatro e televisão em busca de ajuda para o término das obras; Felisbina Fortins, que ajudava na venda de rifas; Daicy Soïdo, mãe da Helena, que cuidava da Sala de Conselhos, sempre gentil e prestativa; Conceição Medeiros, que organizava o público para a fila dos passes; João Reis, auxiliava a tesouraria e se desenvolveu por 39 anos, sem conseguir se formar médium...

Desculpem se eu esqueci de nomear alguém, mas a fila é grande e a minha memória nem tanto.

Em 1983, dois acontecimentos muito bons surgiram no Lar Irmã Zarabatana:

  • 1º - Nossa casa foi considerada de Utilidade Pública por ato de Leonel Brizola.
  • 2º - Em fevereiro, o Ubirajara Paz que já freqüentava a Casa como sócio desde 1969, foi eleito Presidente cargo que exerce até hoje, por 21 anos consecutivos. Homem honesto, justo, empreendedor, formado em Administração de Empresas, fez surgir para o Lar Irmã Zarabatana uma nova era, como: Formação de grupos de estudo sistematizado da doutrina; Realização de obras e melhorias na Casa; Criação de campanhas de ajuda aos necessitados como a do quilo, que distribui alimentos em asilos e orfanatos e para famílias carentes já cadastradas; Criação de reuniões de médiuns para estudo; Criação do Serviço de Evangelização para crianças e adolescentes, tendo a Ângela como responsável direta; Criação da Sala de Tratamento Espiritual, coordenada pela Ângela e pela Carmen Werneck e com auxílio de vários médiuns; Fundação do bazar de roupas e objetos usados vendidos por preços baratos e até às vezes doados às pessoas mais carentes e que conta com a colaboração da Aparecida, da Rosilene e da Idalina. Este bazar ajuda bastante a subsistência da casa. Esta subsistência tem a sua maior parte vinda do aluguel do salão do primeiro andar para o professor Paulo de Tarso dar suas aulas. O resto vem de donativos e contribuições de sócios, o que nos ajuda a por em dia os pagamentos de água luz, IPTU, manutenção do prédio, segurança, etc.

Tendo feito esta longa viagem ao passado, eu acredito que muitos de vocês devem ter gostado de saber como surgiu o nosso centro; acredito também que todos os que já partiram devem ter gostado da lembrança carinhosa que guardamos deles.

Resta-me agora, falar dos trabalhadores da época atual, começando pelos médiuns antigos da Casa, que, estando aqui há muitos anos, de certo se lembraram comigo dos tempos que já foram e não voltam mais, como: a Alice, com seu protetor Padre Joaquim; Elza Barbosa, com sua Vovó Catarina; Helena Blois, com o Caboclo Mutuca; Heloísa Ciuffo, com Tupiaçu; Carmem Werneck, com irmão Cantuária, que sempre secretariou as nossas reuniões; Luiz Celso Telli, que dirige as sessões de desenvolvimento mediúnico; Luiz Sanseverino, que faz o trabalho de doutrinação às segundas-feiras; Roberto Nunes, palestrante competente e que atualmente organiza o estudo sistematizado da doutrina; Capanema, Nilton Flores, Telma, Rosselana e Rosângela que se revezam como palestrantes nas sessões de 6ª feira; Helena Soído, que é tesoureira devotada e a sócia número 1 do Lar Irmã Zarabatana - o apelido dela agora é...Bhrama!; Glória, que toma conta da nossa biblioteca; diga-se, de passagem, que o movimento de venda e empréstimo de livros atualmente, é bem intenso; Silvia Valentim, ajuda a organizar as filas de passes nas segundas-feiras; Rose, auxilia na Sala de Tratamento Espiritual e na distribuição da água; Inéia, organiza um bazar e sempre dá uma colaboração ao centro. Os outros médiuns me perdoem por não nomeá-los, são muitos, e eu poderia esquecer algum. Basta que saibam que são muito importantes para todos nós, e que seus protetores enaltecem o trabalho que é feito no Lar Irmã Zarabatana.

Gostaria de comentar com vocês como é prazeroso para nós, vermos os filhos e até os netos de médiuns da Casa se desenvolvendo e trabalhando. São gerações se sucedendo, que nós, mais velhos, acompanhamos com orgulho e com carinho, assim temos: Jorge, filho do Ubirajara; Ludgero, filho de Maria Anjos; Os filhos de Neuza Champion Lage; Adriana, filha de Heloísa Helena; Marcelo, filho da Ângela; Gisele, filha de Carlos Alberto Mendes; E talvez alguém mais que eu não tenha lembrado.

Por último fiquei eu, que vim para cá moça ainda como freqüentadora e substituí a minha mãe Helena Braga nas palestras de 2ª feira, estando agora como dirigente, após o falecimento de D. Jacylina. Minha protetora, Irmã Virgínia, foi designada por Zarabatana para substituí-la e dar seus recados, já que ela avisou que não incorporaria nunca mais.

Tenho o maior orgulho de poder participar do trabalho da Casa, até quando Deus quiser, mas, e principalmente fazer parte deste grupo de amigos que se encontram aqui todas as semanas e que se tornaram parte integrante de nossas vidas, trabalhando com: AMOR, CARIDADE e SINCERIDADE como aconselha Zarabatana.

Maria Laura da Cunha Bastos, 04/06/2004

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Na planície central do Estado do Amazonas,os índios Barés formavam um dos grupos Tupis; os mais civilizados que habitavam as margens do Rio Branco. Eram amantes da guerra e da navegação e tinham como chefe o cacique, escolhido entre os que mais se haviam distinguidos em guerras passadas.